Energia solar em condomínio é totalmente permitida em 2025, desde que você siga as regras do Código Civil (art. 1.336 e Lei 14.300/2022) e obtenha aprovação em assembleia com maioria simples dos presentes (50% + 1).
O síndico não pode vetar sozinho e a instalação nas áreas comuns ou de geração compartilhada exige apenas deliberação coletiva.
O processo ficou mais simples nos últimos anos, mas exige planejamento.
A economia média chega a 60-90% na conta de luz das áreas comuns, o que reduz significativamente a taxa condominial de todos os moradores.
Além disso, linhas de crédito específicas para condomínios e a queda de 40% no preço dos equipamentos desde 2021 tornaram o payback médio entre 3 e 5 anos.
Neste guia completo você vai entender exatamente o que mudou em 2025, quais documentos são obrigatórios, como conseguir a aprovação sem conflitos e todos os passos práticos para transformar seu condomínio em um exemplo de sustentabilidade e economia real.
Energia Solar em Condomínio: Vale a pena em 2025?
O custo médio de um sistema fotovoltaico para áreas comuns de um condomínio de 20 a 50 apartamentos gira hoje entre R$ 75 mil e R$ 180 mil, dependendo do consumo atual.
Com a tarifa de energia subindo 18% só em 2024 em algumas regiões, o retorno do investimento acontece geralmente antes do quinto ano.
Você também evita surpresas com bandeiras tarifárias e ainda valoriza os imóveis em até 4-6%, segundo levantamentos da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR).
Moradores de condomínios com energia solar costumam relatar redução imediata de R$ 400 a R$ 2.000 na taxa mensal.
Outro ponto que pesa na decisão é a previsibilidade: o valor da parcela do financiamento costuma ser menor que a economia gerada já no primeiro mês.
Isso transforma o que parecia um gasto alto em uma simples troca de fornecedor de energia.
Por fim, a imagem do condomínio melhora bastante. Síndicos relatam maior facilidade para alugar e vender unidades quando o empreendimento já possui geração própria limpa.

Quais são as principais vantagens da energia solar para condomínios?
A primeira vantagem que você sente no bolso é a queda drástica no custo das áreas comuns: elevadores, bombas, iluminação de garagem e salão de festas passam a custar até 90% menos.
Como essas despesas são divididas por todos, cada morador percebe a diferença na taxa.
A segunda é a independência energética parcial. Quando há blecaute na rede da concessionária, muitos inversores modernos mantêm o funcionamento básico do condomínio (portaria, iluminação de emergência e até alguns elevadores).
Terceiro ponto: sustentabilidade vira argumento de venda. Corretores especializados afirmam que apartamentos em prédios com energia solar saem até 30 dias mais rápido no mercado.
Por último, você cumpre metas ESG sem esforço extra. Administradoras grandes já exigem certificação verde para novos contratos de gestão, e ter geração própria conta muitos pontos.
Energia Solar Condomínio: Regras e autorizações necessárias em 2025
Aprovação em assembleia condominial: o que diz a lei
A Lei 14.300/2022 (Marco Legal da Geração Distribuída) reforçou que energia solar em condomínio é direito de todos os condôminos.
O artigo 1.336 do Código Civil permite instalação de equipamentos de sustentabilidade com maioria simples dos presentes em assembleia.
Percentual mínimo de votos exigidos no Novo Código Civil
Desde a reforma de 2023, basta 50% + 1 dos presentes (não mais de quotistas). Se a assembleia tiver quórum de 60% dos condôminos, você precisa apenas 30% + 1 do total de unidades para aprovar.
Como convocar uma assembleia específica para aprovar o projeto solar
O edital deve ser publicado com 10 dias de antecedência e conter: orçamento detalhado, previsão de economia, impacto visual e rateio inicial. Anexe sempre três orçamentos de empresas diferentes para evitar questionamentos.
Modelo de edital e ata para facilitar o processo
Muitos síndicos usam o modelo da ABRAINC (disponível gratuitamente) que já vem com cláusulas específicas para instalação energia solar condomínio. Ele prevê ainda a criação de fundo reserva específico para manutenção dos inversores.
Normas técnicas e projetos exigidos para instalação em condomínios
Responsabilidade pelo projeto e ART ou RRT
O projeto elétrico e estrutural deve ser assinado por engenheiro ou arquiteto com ART/RRT paga.
A responsabilidade técnica é da empresa instaladora, mas o condomínio responde solidariamente por eventuais danos no telhado.
Normas da concessionária de energia (ex.: Enel, Light, Cemig, Copel)
Cada distribuidora tem portal próprio para solicitação de acesso.
O prazo médio de aprovação caiu para 15-30 dias em 2025, mas você precisa entregar projeto completo e memorial descritivo.
Padrões de segurança e acesso às áreas comuns
Os inversores devem ficar em local ventilado e com acesso restrito.
String boxes precisam de disjuntores DC e proteção contra surtos. Bombeiros exigem laudo específico em alguns estados.
Rateio de custos entre os condôminos: o que pode e o que não pode
Você pode ratear o custo total proporcionalmente às frações ideais ou criar taxa extra temporária.
É vedado cobrar apenas dos interessados; todos pagam e todos se beneficiam da economia.
Passo a passo para instalar energia solar no seu condomínio
1. Levantamento inicial e estudo de viabilidade técnica
Contrate empresa para fazer shadow analysis e levantamento de consumo dos últimos 12 meses.
Esse estudo é gratuito na maioria dos integradores sérios.
2. Apresentação do projeto aos moradores e síndico
Faça reunião informal antes da assembleia oficial. Leve maquete 3D e simulação de economia individual. Transparência evita 90% das objeções.
3. Realização da assembleia e aprovação
Grave a assembleia em áudio ou vídeo (faculta a nova lei). Isso protege o síndico de eventuais ações judiciais posteriores.
4. Contratação da empresa instaladora e homologação na concessionária
Escolha empresa com no mínimo 3 anos de mercado e que ofereça garantia de geração (power output warranty).
5. Execução da obra e conexão do sistema à rede
Obra dura em média 7-15 dias. Use telhas de proteção e andaimes com NR-35 para evitar acidentes.
6. Compensação de créditos e divisão da economia na taxa de condomínio
A economia aparece na fatura da concessionária em até 60 dias. O síndico rateia o valor abatido proporcionalmente ao consumo individual de cada unidade.
Quanto custa instalar energia solar em um condomínio em 2025?
| Porte do condomínio | Consumo médio mensal áreas comuns | Potência necessária | Investimento médio (2025) | Economia anual estimada |
|---|---|---|---|---|
| Pequeno (até 20 unid.) | 2.000 – 4.000 kWh | 15 – 30 kWp | R$ 75.000 – R$ 120.000 | R$ 25.000 – R$ 45.000 |
| Médio (21-60 unid.) | 4.000 – 10.000 kWh | 30 – 80 kWp | R$ 140.000 – R$ 320.000 | R$ 50.000 – R$ 120.000 |
| Grande (acima 60 unid.) | acima 10.000 kWh | acima 80 kWp | acima R$ 350.000 | acima R$ 140.000 |
Preços caíram 18% em relação a 2024 graças à isenção de ICMS sobre equipamentos até 5 MW (Lei Complementar 194/2022 estendida).
Financiamento e linhas de crédito específicas para condomínios
Banco do Brasil, Caixa e Santander possuem linhas exclusivas para energia solar condomínio com até 96 meses e carência de 6 meses.
Juros giram entre 0,89% e 1,41% ao mês em 2025.
O BNDES Finame Sustentável aceita até 100% do valor do equipamento com taxa prefixada.
Algumas administradoras já incluem a parcela diretamente na taxa condominial.
Principais erros que atrasam ou impedem a aprovação do projeto solar
- Não apresentar três orçamentos diferentes
- Prometer economia individual sem geração compartilhada registrada
- Escolher empresa sem experiência em condomínios
- Ignorar estudo estrutural do telhado (muitas lajes antigas não suportam o peso)
- Tentar instalar sem aprovação formal da assembleia
Perguntas frequentes sobre energia solar em condomínios em 2025
O síndico pode vetar sozinho?
Não. Desde 2022 o veto unilateral é considerado abuso de poder.
Quem paga a manutenção?
O condomínio, mas o custo anual é inferior a 1% do valor investido.
Posso instalar só no meu telhado privativo?
Sim, sem precisar de assembleia, desde que não afete a fachada ou estrutura.
O sistema funciona à noite?
A geração é zero, mas você usa créditos acumulados ou baterias (opcionais).
Agora que você já sabe exatamente como funciona a instalação energia solar condomínio em 2025, o próximo passo é simples: converse com seu síndico ou leve esse artigo para a próxima assembleia.
A economia é real, a burocracia diminuiu muito e milhares de condomínios brasileiros já estão lucrando com isso todos os meses.
Qual foi a parte que mais esclareceu suas dúvidas? Deixa aqui nos comentários ou compartilhe esse guia com aquele grupo de WhatsApp do condomínio que vive reclamando da conta de luz.
Quem sabe 2026 não começa com uma taxa bem mais baixa para todo mundo?

Meu nome é Laura Rodrigues e criei o picomox.com para compartilhar conteúdo claro e confiável sobre energia solar. Aqui, eu explico tudo de forma prática, sem complicação, ajudando você a tomar decisões seguras.
